
Sobre a Obra
No quintal de casa assisto, sou e estou diante da impermanência. Capturo o presente como única ação possível. Intercepto no trânsito o limiar – quero mordê-lo, incorporá-lo. São anos de relação com essa árvore, um dia galho, estaca, muda. Já habitando sua terceira casa, estive eu também em inúmeros ciclos em sua convivência, enquanto regava, podava e transplantava. Transfiguro a paisagem fora para outra dentro. Transponho os limites entre uma e outra a partir da criação. Suspendo o tempo, retiro-lhe do ciclo da matéria o antes e o depois. Árvore eu, agora. Obra feita em coautoria com Maria Fernanda Ambuá.
Autora
Daphne Cunha
Links:
daphnecunha.com

Sobre a Obra
Autora
Aline Ambrosio

Sobre a Obra
O trabalho fala sobre ser consumida por essa paisagem. Querer permanecer/ser d’ela. O trabalho foi pensado sobre a perspectiva atual em que vivemos isolados em nossos cômodos. O trabalho foi feito a partir de projeções de filmagens capturadas, pela própria artista, de árvores em um dia ventoso na cidade local dela.
Autora
Dara Blois
Links:
darablois.com

Sobre a Obra
Autor
Júnior Garcia

Sobre a Obra
Ser uno. Por definição, cujas partes não se podem separar, permanecendo na sua totalidade, sendo a divisão responsável pela perda da essência. Terra-casa, corpo-tronco, pé-raiz, pulmão- folha. Casulo-barreira que intermedeia o contato. Protege, porém, separa. Também invólucro placentário que carrega em si a potência do nascimento. Romper a casca pra nascer algo novo. Habitar a própria pele e a pele que nos une.
Suporte de produção: Criola – Suporte de fotografia: Criola e Artur Ranne
Autora
Lívia Lopes

Sobre a Obra
A fotoperformance Patrono apresenta algumas entidades cocriadas a partir do imaginário de um artista do Vale do Jequitinhonha, em colaboração com uma diretora de arte de Montes Claros e um fotógrafo de Belo Horizonte; três vidas de significantes diferenças que são atravessadas por um encorajamento a se aventurar na literatura e, a partir dela, criar linguagem para tecer em outros campos artísticos. Em Patrono, construímos essas entidades que protegem, a partir dos seus meios, o meio-ambiente.
Autores
Marden Ferreira, Djalma e Gabi França

Sobre a Obra
Série composta por 7 fotografias compara, unifica e aproxima o corpo feminino e os elementos naturais. Ambos se complementam, sendo parte integrante um do outro e capazes de se auto-reconstruir, se transformar e gerar vida. Descamação e ruídos na resolução estética representam situações impostas às figuras retratadas que convocam seu constante recomeço.
Autora
Nathália Bruno

Sobre a Obra
Ensaio para Árvore(Ser), assim como as raízes de uma árvore centenária se espalham para tentar acessar diversos territórios íntimos. Como uma dança, traduz em movimento, ainda que estático, sentimentos e vivências paradoxais a respeito da natureza, do confinamento, das relações estabelecidas entre. Como um ritual, de onde saímos modificados a partir de um ponto de não retorno, indica revoluções ocorridas em microssegundos. Nunca mais seremos iguais agora. Nem agora. Nem agora.
Autora
Nirvi

Sobre a Obra
Diante de uma quarentena imposta por uma pandemia global, um corpo em sua casa espera por dias melhores, assim como uma planta em um vaso à espera pelo Sol. Quando o toque se torna um perigo e a morte um evento banal, faz-se necessário perceber que tudo é natureza. O que se faz com o mundo se faz com si mesmo.
Autora
Roberta Silvestre

Sobre a Obra
O processo para essa obra foi algo bem experimental e intuitivo, porém uma coisa que eu tinha certeza que eu queria era a presença de cores fortes e chamativas. Junto a isso a sensação que eu tive com o primeiro contato visual com a fotografia que está posicionada no meio (de um mapa-múndi) foi de um aquecimento extremo em nosso mundo, e logo me lembrou do aquecimento global. A base é essa. O calor. O princípio é você olhar, sentir toda aquela vibração ao redor, por conta das folhas e do tecido, entretanto, quando o olhar focar no centro, irá ver um mundo seco e desértico, pedindo socorro. Quase queimando.
Autora
Gabriella Pedro

Sobre a Obra
Vídeo concebido a partir de visão do Grafite do Hunko letivo, ideia de estabelecer vínculo com o urbano, como num quintal de casa expressar nossa indignação diante da fumaça do diesel, reação à serra elétrica, à seca urbana. O contraste entre o tronco sem vida e o arvoredo vigoroso, a necessidade da intervenção da cidade na proteção ao verde.
Colaboradores: Nilma Silva, Moisés Silva, Hylzi Silva, Neuza Silva, Saulo Pico e autores do Grafite.
Autora
AlaBa

Sobre a Obra
Árvores urbanas cortadas pela proliferação do concreto. Conscientizar as pessoas que o número crescente de árvores urbanas cortadas aumenta o calor, afugenta os pássaros e outros animais dependentes do abrigo delas, diminui o O2 em circulação e deixa a cidade sem um projeto de paisagismo adequado.
Autora
Erika Lima

Sobre a Obra
Região Norte, Belém, 2013: ano em que o país desejava um outro futuro. Velhas formas de colonizações que não cessam. Corpos feitos de chuvas e de florestas. Submersos e equatoriais. Ameríndios, Afro-índios, pardos desconhecidos como um rio aberto que encontra o mar. Na fotografia, a linha poética que costura o intermitente gesto de trazer para as ruas de uma manifestação-revolução-cabana a esperança colorida, frágil-balão, que guia uma América, “Amenegríndia”, no querer de se encontrar um dia.
Autora
Mara Tavares
Links:
instagram.com/mara.rtl

Sobre a Obra
A obra é um chamado a todas e todos à lógica atual de consumo/exploração ao meio ambiente, buscando mostrar a prática do Bem Viver, que funda e constitui novas concepções de gestão do coletivo e do individual; envolvendo natureza, política e cultura, calcados na filosofia inspirada em cosmovisões ameríndias e que propõe a integralidade do mundo e uma vivência em harmonia com a natureza. “Bem viver significa compreender que a deterioração de uma espécie é a deterioração do conjunto.” TUDO QUE VIVE É SAGRADO.
Autora
Sophia Alberti

Sobre a Obra
É uma crítica direta ao Projeto Vila Viva e as demolições das casas no Aglomerado da Serra. A árvore de pé simboliza a resistência periférica através da ação degradante do ser humano. O termo composto “saudade” remete à memória indenitária ancestral, que por gerações viveu em plena harmonia próximo de sua gigantesca e sombreada copa. Na clareira solitária, esse colosso da natureza é imponente contra o tempo, sendo o grande guardião que restou da história daquele lugar.
Autora
Tborges

Sobre a Obra
Tá lá um tronco ex-tendido no chão! A fotoperformance denuncia o abate sistemático de árvores feito em centros urbanos. Na minha rua havia uma árvore, havia uma copa que fazia sombra em toda a largura do logradouro. O elemento foi abatido, mas o mal não foi cortado pela raiz, não. Com um requinte de crueldade, a cicatriz é deixada na sarjeta, como um aviso para que nenhuma outra se atreva a fazer sombra!
Obra feita com coautoria de Pedro Cabral.
Autor
Virgilio de Barros

Sobre a Obra
Uma lembrança minha pela de minha avó é a junção de uma fotografia e um áudio em que conto de maneira informal duas histórias. A primeira é um caso de minha avó sobre a queda de uma mangueira em seu quintal, esse caso me fez lembrar da segunda história, também sobre árvore, que aconteceu no Cefart em 2017.
Autora
Daniela Parampal

Sobre a Obra
“O sonho da Terra” representa uma cosmovisão em que o homem se livra de suas sujeiras e passa a habitar seu espaço natural como uma espécie renascida, imerso na natureza onde a alma pode brotar novamente.
Participantes: Laura Belisário, Kawany Tamoyos, Christina Faria e Thayná Carvalho.
Autor
Danilo Celso
Links:
danilocelso.com

Sobre a Obra
O conceito da obra está na ideia de vegetação confinada, como nos jardins suspensos da Babilônia. Plantas cultivadas para viverem presas nos vasos, nos terraços, suspensas em muros. Minha motivação está na relação entre as plantas (com as quais tenho convivido, trocado afetos, toques, abraços) e o isolamento social.
Fotografia de Gabriela Fernanda Pereira
Autora
Rô Gontijo

Sobre a Obra
Pensando na época em que vivemos, “Respiro” foi concebido a partir da necessidade de reavaliarmos pequenas ações no nosso dia a dia. Dessa forma, procurei refletir, nesse trabalho, a respeito da supressão da nossa natureza devido à forma na qual escolhemos viver todos os dias – em constante contato com a máquina. E nesse caos, resta a possibilidade de salvação, a qual, por vezes, se encontra em pequenas mudanças de perspectiva.
Direção, roteiro e edição: Ana Beatriz Cucaroli – Atuação: Nicole Wingester – Produção: Isadora Reis e Raquel Chamon
Autora
Ana Beatriz Cucaroli
Links:
instagram.com/cucaroli

Sobre a Obra
O vídeo-poema “Quando eu reparei nos pássaros” é um instante capturado no caminho para minha casa. Árvores, prédios, céu, trânsito, postes, pássaros, nuvens, carros, sirene. A cidade acontecendo. No meio desse movimento, eu reparei nos pássaros.
Autora
Daniela Parampal

Sobre a Obra
Tentativa de captar as diversas capilaridades de um terreiro em que cultivei por 4 anos, registro de uma despedida, tentativa de eternizar uma experiência com a natureza. De aquário, o aguadeiro: corpo aparelho circulatório, medula espinhal, seiva, sangue, ramificações, simbiose.